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Os trabalhadores da iniciativa privada vão poder aderir a partir de hoje à modalidade de saque-aniversário do FGTS. As regras serão detalhadas hoje pela Caixa Econômica Federal. O site o DIA mostra as vantagens e desvantagens para quem for optar por esse modelo de retirada de recursos do fundo.

O saque-aniversário permite a retirada de parte do saldo da conta do FGTS todo ano, no mês do aniversário do trabalhador. para quem aderir, em casos de demissão sem justa causa, o saldo total não poderá ser sacado por pelo menos dois anos. Mas o empregado terá direito à multa de 40% sobre o fundo. Poderá retirar o dinheiro em caso de compra da casa própria, doenças graves, aposentadoria e outras situações já previstas na lei.

O trabalhador que optar pela modalidade receberá um percentual do saldo do FGTS acrescido de uma parcela adicional, conforme tabela acima. Por exemplo, quem tem R$ 750 na conta, receberá 40% desse valor, ou seja R$ 300, mais o adicional de R$ 50. No total, esse trabalhador poderá sacar R$ 350. No caso de ter apenas R$ 500 no fundo, o saque será apenas de R$ 250 – 50% do saldo.

Os pagamentos começam em abril do ano que vem, conforme o calendário da Caixa, com os nascidos em janeiro e fevereiro recebendo de abril a junho de 2020, por exemplo. A partir de 2021, o saque se mantém no mês do aniversário até os dois meses seguintes. Essa modalidade só valerá para o trabalhador que comunicar a partir de hoje à Caixa que quer receber os recursos.

“Em qualquer momento, as vantagens de resgatar o FGTS são que o trabalhador tem oportunidade de render mais o dinheiro, investindo por exemplo na poupança. Mas se não quiser investir, para usar bem esse recurso, o ideal é pagar as dívidas que têm os juros mais altos”, orienta Paulo César Pereira, professor do curso de Ciências Contábeis do Unipê.

Já a desvantagem está justamente em não receber o valor integral em caso de demissão. Para reverter a situação, o trabalhador terá que esperar dois anos após a adesão, justo no momento mais difícil se estiver desempregado.

Por esse motivo, a especialista em finanças Raffaela Fahel alerta:

“É essencial observar os contextos em que o trabalhador vive, o que ele faria com o dinheiro e se na empresa tem alta rotatividade. Ou até mesmo se os valores disponíveis para saque, de acordo com cada percentagem, são suficiente para quitar as dívidas”.