O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recebeu no último mês de junho, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aprovação do registro do medicamento Oseltamivir em nova dosagem — 30mg — para atender a pacientes pediátricos com peso abaixo de 15kg, em tratamento da H1N1.
Em dosagens maiores, o medicamento começou a ser produzido emergencialmente pela Fundação em 2009, época em que o mundo enfrentava outra ameaça sanitária, a influenza A (H1N1), também chamada de “gripe suína”. A necessidade de desenvolver nova dosagem foi para aumentar a abrangência do tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A Fiocruz afirmou, inclusive, já estar produzindo lote de 2,5 milhões de unidades da nova dosagem para, até o fim deste ano, atender à primeira solicitação do Ministério da Saúde.
“Após longo período de avaliação pela Anvisa, obtivemos a aprovação do registro. No decorrer deste tempo de tramitação regulatória, foram respondidas todas as exigências solicitadas pelo órgão regulamentador com agilidade e competência técnica, reforçando a qualidade e robustez de todo o desenvolvimento realizado”, disse a chefe da Divisão de Gestão de Desenvolvimento Tecnológico da Fiocruz, Juliana Johansson, em uma matéria publicada no portal da Fundação na última quarta-feira, 29.
A aprovação indica que a Fiocruz está apta a produzir todas as concentrações disponíveis desse medicamento importante no combate à H1N1.
Uso no tratamento da Covid-19
De acordo com a Fiocruz, o Oseltamivir, em dosagens maiores (75mg e 45mg), tem sido adotado, também, para o tratamento de pessoas suspeitas ou diagnosticadas com a Covid-19, conforme protocolo do Ministério da Saúde publicado em abril. A indicação é para pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ou com Síndrome Gripal em condições de risco para complicações.
O uso do medicamento tem surtido tanto efeito positivo nesses tratamentos que a demanda aumentou. Segundo a Fundação, foram fabricadas mais de 6 milhões de unidades farmacêuticas até junho deste ano e a previsão é de que, até dezembro, sejam entregues mais de 16,6 milhões de cápsulas do produto.
(*)com informação da CMF