O Programa Nacional de Segurança nas Fronteiras e Divisas (Vigia), que já está presente em 15 estados do país, tem como objetivo ampliar a integração entre as Forças de Segurança no combate ao crime organizado e fortalecer a fiscalização das fronteiras e divisas do país. O Ceará é o segundo estado do Nordeste a fazer parte do programa da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Seopi/MJSP). O trabalho integrado vem pra somar às ações já existentes nas dívidas do Ceará e que são capitaneados pelas Polícias Civil e Militar.

O Vigia possibilita o estabelecimento de medidas de repressão ao tráfico de drogas e de armas por meio do fortalecimento da fiscalização e investimentos de recursos em áreas estratégicas, como a realização de operações integradas e a aquisição de equipamentos, além de permitir uma maior integração entre os sistemas de segurança dos Estados.

O secretário da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará, Sandro Caron, ressaltou a importância dos investimentos na fiscalização de fronteiras e divisas.

“Nós vamos ter um aporte ao trabalho que já fazíamos de fiscalização nas divisas. Você passa a ter o policiamento trabalhando com mais recursos, servindo como uma barreira de contenção, para apreender drogas e armas antes de elas entrarem no estado do Ceará e se espalharem”, destacou.

Com início em 2019, o Vigia conta com a participação de 15 Estados, sendo eles: Acre (AC), Amapá (AP), Amazonas (AM), Ceará (CE), Goiás (GO), Mato Grosso (MT), Mato Grosso do Sul (MS), Pará (PA), Paraná (PR), Rio Grande do Norte (RN), Rio Grande do Sul (RS), Rondônia (RO), Roraima (RR), Santa Catarina (SC) e Tocantins (TO).

Reunião com a Seopi

No último dia 12 de janeiro, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS) reuniu-se com representantes do Governo Federal para a apresentação do Vigia. Durante a reunião, os participantes puderam realizar um intercâmbio de conhecimento entre o trabalho realizado pelos gestores.

Na apresentação, estiveram presentes o secretário da SSPDS, Sandro Caron; o secretário executivo da SSPDS, Paulo Sérgio Braga; o secretário Executivo de Planejamento e Gestão Interna, Adriano Sales; o coronel comandante geral da Polícia Militar do Ceará (PMCE), Márcio de Oliveira; o delegado geral da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), Marcus Rattacaso; o coordenador de Inteligência (Coin) da SSPDS, Nelson Pimentel; e a coordenadora de Planejamento Operacional (Copol) também da Secretaria da Segurança, Socorro Portela, participaram da reunião.

Já a comitiva da Seopi/MJSP que participou da reunião, foi composta pelo o secretário do Seopi/MJSP, Jeferson Lisbôa Gimenes o diretor de inteligência, Thiago Marcantonio Ferreira; pelo coordenador-geral de Fronteiras (CGFron), Saulo de Tarso; pelo gerente administrativo da CGFron, Gustavo Luis Dantas; e pelo servidor mobilizado da CGFron, João Fernando Henrique Pinheiro Filho.

Recorde de apreensões de drogas na série histórica

Durante o ano de 2020, as Forças de Segurança do Estado do Ceará apreenderam 8,3 toneladas de entorpecentes nas ações em todo o Estado, um aumento de 67% em comparação com o ano anterior. Em 2019, foram pouco mais de cinco toneladas. Esse resultado é o melhor desde 2006, de acordo com dados compilados pela Gerência de Estatística e Geoprocessamento (Geesp) da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp).

De acordo com Sandro Caron, as apreensões são necessárias para a redução dos índices de criminalidade no Estado, pois inviabilizam a manutenção do crime organizado.

“É importante destacar que reprimindo o tráfico de drogas se corta a principal fonte de renda dos grupos criminosos. Com o combate eficiente, uma repressão qualificada ao crime organizado, com a prisão de seus chefes e a descapitalização desses grupos, nós atingimos toda essa estrutura criminal”, destacou.

(*)com informação do Governo do Estado do Ceará