As lideranças nacionais do DEM e PSL oficializaram, nesta quarta-feira, em Brasília, a fusão dos dois partidos que dá origem a uma nova sigla, denominada União Brasil. O novo partido nasce com 81 deputados federais e o maior fundo eleitoral entre todas as siglas que irão disputar o pleito de 2022.
O DEM e o PSL tiveram, em 2020, um fundo eleitoral de R$ 320 milhões e, se o Congresso Nacional duplicar e corrigir este valor, o União Brasil poderá somar um volume de recursos superiores a R$ 700 milhões para bancar a campanha das eleições de 2022.
A mudança no quadro partidário mexe com a agenda nacional e regional e, no Ceará, o União Brasil, de acordo com as informações de bastidores, ficará com o deputado federal Capitão Wagner, que hoje é filiado ao PROS. O deputado federal Heitor Freire (PSL) antecipou, em entrevista ao Jornal Alerta Geral, que Wagner, como maior líder das oposições, terá o comando da nova sigla.
Aliado do presidente Bolsonaro, Capitão Wagner trocará de legenda para montar uma ampla base partidária que o leve ao segundo turno ao Governo do Estado nas eleições de 2022. A mobilização para essa aliança envolve, hoje, o PROS e o Republicanos. O PP, que deverá abrigar o grupo bolsonarista, o PL e o PTB, também, constroem acordos com o Capitão Wagner.
IMPACTO NACIONAL
A repercussão sobre a fusão do DEM e PSL ganha destaque no noticiário nacional como reflexo de uma mudança de rumo na corrida eleitoral ao Governo do Estado de São Paulo. Com malas prontas para deixar o PSDB, o ex-governador Geraldo Alckmin decidiu adiar a filiação ao PSD.
Alckmin, que é pré-candidato a governador, abriu diálogo com as lideranças nacionais do União Brasil e se sente atraído pelas condições políticas que o partido pode oferecer em sua caminhada ao Governo do maior colégio eleitoral do País. Um dos maiores atrativos, nessa articulação, é o fundo eleitoral – essencial para garantir fôlego na campanha de 2022.