Os gastos no Ceará com aposentados e pensionistas chegaram a R$ 3 bilhões no ano passado. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o crescimento nas despesas previdenciárias em dez anos foi de quase 57% com inativos.
Com os cearenses economicamente ativos, os gastos quase que dobraram de 2006 para 2016. Há dez anos, o valor chegou a R$ 3,3 bilhões. No ano passado, R$ 6 bilhões, um crescimento de 84,1% no acumulado. Em uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a projeção é de que o número de idosos no País em 2060 supere o número de pessoas economicamente ativas – para cada 100 pessoas na ativa, serão 63 na inatividade.
Dados da Secretaria de Previdência Social e do Tesouro Nacional mostram que as receitas do Regime Geral da Previdência Social, que atendem quem trabalha no setor privado, somaram quase R$ 360 bilhões em 2016, enquanto as despesas com pagamento de benefícios foram de 507,9 bilhões – quase R$ 150 bilhões a mais de custos.
A reforma está prevista para ser votada em dezembro e traz como um dos pontos principais a regra de transição para aposentadoria. “O Brasil é um dos poucos países que não tem idade mínima para efeito de aposentadoria. Portanto, introduzir essa idade mínima universal, para todos, é um passo muito importante numa reforma”, reforça o ex-ministro José Cechin. Pela proposta, a idade para se aposentar começaria aos 53 anos para as mulheres e 55 para os homens. A partir de 2020, seria acrescido um ano de idade a cada dois anos até 2038, chegando ao limite de 62 para as mulheres e 65 para os homens.
Em 2010, de acordo com o último Censo Demográfico lançado pelo IBGE, o Ceará tinha quase 8,5 milhões de habitantes. Desses, 3,5 milhões eram de pessoas com 25 anos ou mais de idade. A previsão do Instituto é que até 2030 o Brasil terá mais idosos do que crianças até 14 anos.
Com informações agência do rádio