A Defesa Civil e o Ministério da Saúde divulgaram uma cartilha com recomendações para os voluntários que atuam na limpeza das praias afetadas pelo derramamento de petróleo no litoral do Nordeste. Além disso, também foram distribuídos equipamentos de proteção individual para a população da região.
A cartilha recomenda que a população não entre em contato direto com o óleo, especialmente gestantes e crianças. Também é preciso observar as orientações da vigilância sanitária para o consumo de alimentos, como peixes e mariscos, que vieram das áreas afetadas.
Segundo a cartilha, a curto prazo a inalação do vapor do óleo pode provocar dificuldade de respiração, dor de cabeça, confusão mensal e náusea. Na pele, podem aparecer irritações e outros sintomas como erupções vermelhas, queimação e inchaço. Uma exposição a esse elemento tóxico de longo prazo pode provocar danos a órgãos como pulmões, fígado e rins. A cartilha informa que desequilíbrios hormonais e infertilidade também podem ocorrer, além de alterações no sistema nervoso e circulatório. Em casos extremos, a ingestão pode provocar câncer.
21 praias cearenses são atingidas pela substancia
Há mais de 50 dias, manchas de óleo cru atinge o litoral nordestino e preocupa banhistas e autoridades, devido ao impacto ambiental causado pela substância. Dessa vez, as manchas chegaram à praia de Canoa Quebrada, uma das mais visitadas do Estado, que fica em Aracati, a 150 km de Fortaleza.
Pelo menos 21 praias do litoral cearense já foram atingidas e ao todo, 1.350 litros de óleo foram colhidos por órgãos ambientais.
As praias atingidas são: Barroquinha (Bitupitá), Jericoacoara (Praia da Malhada), Paraipaba (Praia da Lagoinha), Paracuru (Praia do Paracuru), São Gonçalo do Amarante (Praia da Taíba), Fortaleza (Praia do Futuro e Sabiaguaba), Aquiraz (Praia da Prainha), Cascavel (Caponga), Beberibe (Morro Branco, Barra de Sucatinga e Parajuru), Fortim (Pontal de Maceió), Aracati (Quixaba e Canoa Quebrada), Icapuí (Ponta Grossa, Melancias, Picos, Barreiras, Redonda e Peroba).