WS1 SANTOS 02/08/2016 - ELEI«’ES/JO√O DORIA JUNIOR/TV ESTAD√O - POLÕTICA - Jo„o Doria J˙nior, candidato a prefeito de S„o Paulo pelo PSDB ‡ Prefeitura de S„o Paulo, concede entrevista ‡ TV Estad„o, na sede do Grupo Estado no Bairro do Lim„o, zona norte da capital paulista, na tarde desta terÁa-feira, 2. FOTO:WERTHER SANTANA/ESTAD√O

Alberto Goldman comenta com bom humor a guerra virtual em que se envolveu nos últimos dias com João Doria, prefeito de São Paulo e seu correligionário no PSDB.

“Ele disse que eu agora ‘vivo de pijamas em casa’. Na verdade, quase não uso pijama e estou muito ativo. Fico muito pouco em casa”, disse o ex-governador de São Paulo, atualmente um dos vice-presidentes do PSDB, emendando uma risada em seguida.

A queda de braço começou na última sexta (6), quando Goldman veiculou nas redes sociais vídeo em que critica duramente Doria.

No sábado (7), Doria também divulgou um vídeo em resposta, no qual fez a menção ao pijama e chamou Goldman de “improdutivo, fracassado”. “Fique com sua mediocridade que eu fico com o povo”, declarou.

O ex-governador rebateu no mesmo dia. Classificou o comentário de Doria de “raivoso, prepotente, arrogante e preconceituoso”. “Sou velho, mas não sou velhaco”.

Goldman conta ter recebido muitas mensagens de apoio nos últimos dias. Avalia que a queda da aprovação à gestão Doria, constatada pelo instituto Datafolha, comprova o acerto de suas críticas.

Segundo pesquisa divulgada no domingo (8), o índice de ótimo/bom caiu de 41%, em junho, para 32%. Já a parcela que considera a administração Doria ruim/péssima passou de 22% para 26% no mesmo período. A avaliação regular saltou de 34% para 40%.

“É um espelho da realidade”, conta Goldman. “Ele começou com um quadro muito favorável. Aproveitou que havia uma reação forte antipetista na sociedade e galopou o tempo inteiro nisso, ser o antiLula. Aos poucos, porém, a população começa a perceber que não há nada além disso.”

O Datafolha aponta que 58% dos paulistanos preferem que Doria permaneça como prefeito, contra 10% que querem vê-lo na disputa pelo Planalto.

Outra má notícia para o prefeito: para 45% dos eleitores da cidade, o governador Geraldo Alckmin deveria ser o candidato do PSDB à Presidência da República. Doria tem 31% das preferências. Ambos travam nos bastidores uma batalha pela indicação.

Goldman acredita que sejam poucas as chances de Doria ser o candidato do partido. “O momento em que ele conseguiu enganar muita gente já passou.” Alckmin, diz, é hoje o nome mais consistente do PSDB para concorrer ao cargo. Não descarta, porém, que Doria dispute a eleição de 2018 por outra sigla.

A relação tensa entre Goldman e Doria teve início no ano passado, nas prévias para escolher o tucano que disputaria a Prefeitura de São Paulo. O ex-governador acusou o hoje prefeito de comprar votos para vencer a disputa interna pela indicação da sigla.

Crédito do Jornal Folha de São Paulo