A Quarta Turma do Tribunal Regional Federal, da 5ª Região, aceitou, nessa terça-feira, um recurso da defesa do ex-ministro Ciro Gomes (PDT), pré-candidato à Presidência da República, e anulou a busca e apreensão realizada no mês de dezembro de 2021 que o colocava como alvo de uma investigação para apurar supostas fraudes na reforma da Arena Castelão, em Fortaleza, entre 2010 e 2013. Os irmãos Cid e Lúcio Gomes, também, foram alvo da operação.


Para os três desembargadores da Quarta Turma do TRF, da 5ª Região, houve ausência de contemporaneidade entre as supostas fraudes e a busca e apreensão, feitas quase dez anos depois do fato em investigação. À época da Operação, Ciro reagiu e definiu a operação como perseguição política.
“Não tenho dúvida de que esta ação tão tardia e despropositada tem o objetivo claro de tentar criar danos à minha pré-candidatura à Presidência da República’’, disse, naquele momento, o presidente do PDT que, na noite dessa terça-feira, durante evento, em São Paulo, Ciro afirmou que, com a decisão do Tribunal Regional Federal, “fez-se justiça” e que a anulação restabeleceu a sua imagem de “homem público virtuoso”.


Ciro ainda afirmou: “Há Justiça no Brasil. O TRF-5, por unanimidade, restaurou a minha honestidade, a minha decência. Eu sou um homem limpo e dou essa satisfação ao povo brasileiro. Muito obrigado aos juristas e até aos meus adversários que se solidarizaram’’, comemorou o pré-candidato do PDT à Presidência da República ao definir como generoso o gesto do presidenciável Lula em afirmar que sabia da sua honradez na vida pública.


OPERAÇÃO ARBITRÁRIA


O pré-candidato classificou a operação como arbitrariedade e um “momento de humilhação e grande constrangimento” que sofreu ao lado de sua família, colocando em xeque seu histórico político. Ele disse que continua à disposição das autoridades que queiram esclarecimentos sobre sua atuação na vida pública e afirmou que, se eleito, ele e todos em sua equipe abrirão mão dos sigilos bancário e fiscal.
Ciro destacou, ainda, ao se pronunciar pelas redes sociais, que, “mesmo nos momentos de maior indignação”, nunca duvidou “de que a verdade e a justiça prevalecessem sobre o arbítrio, a manipulação e a prepotência. Esta decisão do TRF-5 honra o Judiciário brasileiro”. Os demais alvos da operação da PF deverão, também, recorrer ao mesmo colegiado para conseguir a decisão adotada em relação ao presidenciável do PDT.

Confira na íntegra a participação do correspondente do Jornal Alerta Geral, Carlos Alberto