O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), vinculado ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), concluiu hoje (17) a doação de 1.164 itens, em sua maioria móveis, para o Museu Nacional. Os móveis, que incluem mesas, cadeiras, estações de trabalho, gaveteiros e armários, vão auxiliar na restruturação do Museu Nacional, cujo acervo foi em grande parte destruído pelo incêndio do último dia 2 de setembro.
A entrega do primeiro lote ocorreu no último dia 15. A ideia da doação surgiu da necessidade de o instituto se liberar de equipamentos ociosos que estavam em sua sede antiga, no Edifício A Noite, situado na Praça Mauá, zona portuária do Rio de Janeiro, para permitir a devolução do imóvel à Secretaria do Patrimônio da União (SPU).
O diretor de Administração do INPI, Júlio César Moreira, explicou que a medida faz parte do planejamento estratégico do instituto. “Para a devolução para a SPU, o prédio tem que estar livre de pessoas e de coisas. Nós já estamos com o prédio totalmente esvaziado de pessoas. Precisava dar um encaminhamento aos móveis que estão ociosos e que o INPI não mais utilizará”.
A ideia, então, foi procurar, dentro do que especifica a lei, uma utilidade pública para aqueles móveis e descobrir alguma instituição que tivesse interesse e necessidade de adquiri-los. A pesquisa realizada identificou disposição do Museu Nacional de ficar com os itens.
Parte dos móveis será levada para o Horto Botânico do Museu Nacional, localizado na Quinta da Boa Vista, onde alguns setores estão funcionando. Outros serão usados na direção do museu, nos serviços de museologia e assistência ao ensino e nos departamentos de invertebrados, geologia, paleontologia, entomologia e etnologia.
Moreira frisou que a doação dá uma destinação adequada aos itens, e atende ao princípio da administração pública de tornar os órgãos eficientes e ter qualidade nos seus serviços.
A meta do INPI é fazer a devolução do Edifício A Noite à SPU até o dia 30 de dezembro, para sua futura alienação. Segundo Moreira, a entrega do imóvel representará uma economia para o Instituto em torno de R$ 300 mil mensais, que são gastos atualmente para a manutenção do imóvel, incluindo brigada de incêndio, custos de luz e água, elevadores, entre outros gastos. O INPI tem obrigação legal de tomar conta do prédio enquanto está sob sua guarda.
O diretor acrescentou que há diversos interessados no imóvel e em fazer sua reforma adequada, mas ainda não houve concretização desse interesse.
Com informações Agencia Brasil