A Justiça Federal decretou a prisão de um dos envolvidos no furto milionário ao Banco Central, após conceder liberdade provisória ao réu há onze anos. A decisão foi proferida pelo Juízo da 12ª Vara Federal. Adelino Angelim de Sousa Neto, conhecido como Amarelo, foi preso em setembro de 2006 pela participação no maior ataque a banco da história do Brasil e condenado. No entanto, Amarelo aguardava os recursos para revisão da pena em liberdade. Após a decisão definitiva, a Justiça ordenou a prisão dele.
Adelino foi denunciado pelo Ministério Público Federal por participação direta ao furto do Banco Central. Natural de Boa Viagem, ele teria ajudado os demais integrantes da quadrilha a lavar parte do dinheiro furtado do banco, segundo as investigações da Polícia Federal. O acusado foi posto em liberdade com outros quatro envolvidos de participação no furto, em novembro de 2006, cerca de três meses depois da prisão.
Em fevereiro de 2011, Adelino informou que estaria morando na cidade de Paranoá, no Distrito Federal, e que não tinha condições financeiras de custear novo advogado, solicitando que a Defensoria Pública assumisse a sua defesa.
Cinco meses depois, foi emitida a decisão pela Justiça fixando a pena restritiva de liberdade a Adelino em 18 anos de reclusão, iniciado no regime fechado. Após novos recursos em tribunais superiores, a Justiça Federal decidiu pela cumprimento da sentença e a remessa dos autos para a Justiça Estadual do Ceará, responsável pela execução penal de réus condenados