Em sua passagem pelo Ceará, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Carmem Lúcia, anunciou que Fortaleza receberá a primeira Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) feminina juvenil do país. Nesse tipo de unidade, os detentos são corresponsáveis pela sua própria recuperação. Sem a presença de agentes penitenciários e policiais, a segurança e disciplina do local são feitas com a colaboração dos internos.
A previsão de início de funcionamento da unidade é maio de 2018 e deve receber, em um primeiro momento, 20 meninas. De acordo com Ruth Leite, diretora da Apac do Ceará, o número de reincidentes de detentos desse tipo de unidade, é bem menor do que do sistema carcerário, 10% e 80%, respectivamente.
De acordo com ministra, Fortaleza foi escolhida por ter altos índices de tráfico sexual de meninas adolescentes. Ainda segundo Carmem Lúcia, este crime é a porta de entrada para outro tipo delito, o tráfico de drogas. Para o desembargador e presidente do Tribunal de Justiça do Ceará, Glaydson Pontes, a ideia é bem-vinda e deve melhorar muito a situação do sistema carcerário no estado.
A diretora da Apac no Ceará, Ruth leite, revelou que já estão acontecendo reuniões e treinamentos de voluntários para atuação na futura unidade. Ruth destaca o custo com os internos da Apac, que gira em torno de R$ 1 mil mensais, enquanto do tradicional sistema penitenciário o valor é triplicado.