Oferecer licença-paternidade estendida de 20 dias já é prática em quase quinto das empresas do país — são 15 a mais que o previsto em lei — dois anos após o governo anunciar a extensão do benefício. Ao todo, 18% das companhias ampliaram o período de dispensa aos homens após o nascimento ou adoção de um filho, segundo pesquisa de benefícios da Mercer Marsh junto a 690 empresas do país, sendo 66% delas com faturamento anual superior a R$ 100 milhões.

A adesão, contudo, vem crescendo, dizem especialistas, e colabora para a criação de um ambiente corporativo que permite avançar em direção à promoção de oportunidades mais igualitárias para homens e mulheres.

Especialistas defendem que o homem tem papel importante no cuidado com a família e precisam participar desses primeiros momentos com os filhos. A licença-paternidade é parte de um conjunto de medidas que precisa estar casada com a licença-maternidade, entre outras medidas que ajudam nessa dedicação ao núcleo familiar, como trabalho em sistema de home-office, horário flexível e outros.

Até maio deste ano, 21.245 empresas participavam do Programa Empresa Cidadã, segundo dados da Receita Federal. Em março de 2016 eram 18.697. O programa foi criado para permitir a prorrogação das licenças-maternidade e paternidade. O órgão não dispõe de quantas dessas companhias concedem a extensão do benefício aos pais.