Candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro já se prepara para a campanha de segundo turno contra o seu mais provável adversário, Fernando Haddad (PT), apesar de propagar aos seus eleitores que aposta em uma vitória nas urnas já no primeiro turno, marcado para o próximo domingo, 7.

A estratégia é usar o espaço que ganhará na televisão — passará de oito segundos para cinco minutos por programa — para atacar o candidato petista, associando-o aos escândalos de corrupção dos governos Lula e Dilma Rousseff, bem como explorar o discurso de que a volta da esquerda ao poder levará o Brasil às dificuldades pelas quais passa a Venezuela atualmente. O roteiro dos três primeiros vídeos está pronto.

Pelo cronograma definido pela cúpula do partido, Bolsonaro deve começar a gravar os programas de televisão na segunda ou terça-feira, logo após a votação de 7 de outubro. No primeiro, o candidato deverá explorar o ataque sofrido em Juiz de Fora (MG), no dia 6 de setembro, e o tempo que ficou hospitalizado e fora das agendas políticas. De acordo com interlocutores da campanha, o objetivo é usar o episódio e criar “a imagem de herói” para Bolsonaro.

Nos demais programas, os ataques ao PT dominarão boa parte do tempo disponível, enquanto o restante será dedicado a trabalhar a rejeição a Bolsonaro e a rebater rótulos explorados pelos adversários como “machista”, “homofóbico” e “racista.” O plano é deixar Bolsonaro o mais à vontade possível como em uma conversa com o eleitor.

No primeiro turno, a propaganda eleitoral dos candidatos a presidente são exibidos às terças, quintas e sábados, às 13h e às 20h. Na próxima fase, os programas serão diários, também duas vezes ao dia. Somados com as inserções ao longo da programação das emissoras, ambos os candidatos terão 25 minutos de propaganda por dia. Segundo um aliado da campanha, devem ser preparados de 12 a 15 episódios.

Com informações do Jornal O Globo