O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou para o ringue da corrida eleitoral o ex-presidente Jair Bolsonaro ao dizer que, na disputa pelas prefeituras, a polarização entre ambos estará de volta. Lula concorreu e venceu o segundo turno de 2022 contra o então presidente Bolsonaro, que saiu derrotado das urnas, deixou uma base parlamentar sólida e muitos pré-candidatos a prefeito nas eleições de 2024. A polarização, no entender do presidente Lula, será inevitável, mas os petistas e aliados não podem aceitar “provocação” nem ficar “com medo”.


POLARIZAÇÃO


O repórter Carlos Alberto conta, no Jornal Alerta Geral, a estratégia antecipada pelo presidente Lula sobre o ambiente de polarização com o ex-presidente Bolsonaro na disputa pelas prefeituras.


Com recado direto aos militantes e aos dirigentes estaduais e municipais do PT, Lula reconheceu que seu partido precisa “aprender” a falar com os evangélicos, um segmento do eleitorado que costuma ter resistência às pautas petistas. As declarações do presidente Lula sobre a polarização com o bolsonarismo retratam, também, as dificuldades que o governo tem para construir uma base parlamentar mais estável no Congresso Nacional. Diferente dos dois mandatos anteriores, Lula afirmou que hoje “mais difícil” governar e admitiu que sua gestão tem feito concessões em temas que, “muitas vezes, não poderia ceder”.


Lula, em tom de autocritica, fez questionamentos sobre o tamanho do PT na Câmara Federal: “Nós temos que nos perguntar por que que um partido que, muitas vezes no discurso pensa que tem toda a verdade do planeta, só conseguiu eleger 70 deputados?”, questionou Lula, para colocar em dúvida se realmente o partido está falando o que o povo precisa ouvir.