Após a vitória parcial na Comissão de Constituição e Justiça, quando o relatório do deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), favorável a denúncia de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer, foi rejeitado por 40 votos a 25, os planos do Palácio do Planalto de acelerar o processo acabaram barrados.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou que só com a presença no Plenário de no mínimo 342 parlamentares será colocado em votação o pedido para abertura de processo contra o presidente da República, Michel Temer. Ele entende que qualquer decisão diferente significa risco de o Supremo Tribunal Federal cancelar a votação.
Maia não descartou marcar a votação para segunda-feira, último dia antes do recesso parlamentar, mas afirmou que, sem a presença mínima, o assunto ficará para a primeira semana de agosto. A decisão desagradou o Planalto, que queria resolver o problema antes do recesso e acusou Maia de protelar a votação, o que ele nega. A demora significa mais desgate para o presidente. Maia disse que quer votar o pedido o mais rápido possível e afirmou que consultará os líderes partidários sobre a expectativa de presença dos deputados no Plenário.