Uma novela que se estende e com novos capítulos de angústia para milhões de cearenses. Falo da transposição de águas do Rio São Francisco, no trecho que interliga os municípios de Salgueiro, em Pernambuco, e Jati, no Ceará. A obra – que pode ser executada em menos de seis meses, continua parada e sem data para começar. Mais um entrave surgiu no caminho da transposição: o Ministério da Integração Nacional desclassificou, nessa quarta-feira, a segunda empresa que participou da licitação para realização das obras do trecho do canal que garantirá as águas do Rio São Francisco no Ceará. Sem a transposição do São Francisco e boas chuvas que garantam a recarga dos açudes, o Ceará corre sério risco de um colapso no abastecimento de água. O Governo Federal trabalhava com um calendário de início das obras neste mês de março e 180 dias para conclusão de todas as obras que permitem as águas do Rio São Francisco entrarem em solo cearense pela Região do Cariri. O calendário, porém, está frustrado. O governador Camilo Santana, que tem transmitido ao Ministério da Integração Nacional a angústia dos milhões de cearenses atingidos pela seca, voltou a Brasília e cobrou – mais uma vez, prioridade do Governo Federal para concluir o trecho da transposição entre Pernambuco e Ceará. Com açudes vazios e sem a transposição, o abastecimento de água fica comprometido. Confira o editorial completo  o player abaixo:

editorial 09.03