Os ministérios deixaram de gastar R$ 12,7 bilhões em verbas autorizadas até o mês de julho. Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, dos R$ 130,7 bilhões autorizados pela equipe econômica para serem gastos este ano, R$ 118 bilhões haviam sido desembolsados, num processo chamado de empoçamento de recursos.
De acordo com a Secretaria do Tesouro, as emendas parlamentares concentram o maior volume de empoçamento, com R$ 2,4 bilhões não gastos. Em seguida, vêm os Ministérios da Saúde, da Defesa e da Educação. Os encargos financeiros da União, executados em sua maioria pelos Ministérios da Fazenda e do Planejamento, concentram um empoçamento de R$ 1,8 bilhão.
Almeida disse não saber as razões do fenômeno, por tratar-se de problemas de gestão de cada órgão público. O secretário afirmou ainda não saber se os gastos serão executados até o fim do ano nem se o volume de empoçamento tende a aumentar ou diminuir nos próximos meses.
Vale lembrar que, nesta segunda, o governo editará um decreto com o limite de movimentação e empenho de cada pasta. Em tese, os R$ 12,7 bilhões poderiam ser usados para diminuir o déficit primário em 2018.