O ministro da Justiça, Sérgio Moro, ao comunicar, nesta sexta-feira (24), o seu pedido de exoneração, revelou que ao receber, em 2018, o convite para assumir o cargo, fez um único pedido ao então presidente eleito Jair Bolsonaro: aceitava o convite, desde que o fosse garantido amparo à sua família porque, ao deixar a Justiça Federal, não teria direito a aposentadoria e, assim, não haveria pensão para herdeiros.
Moro disse que foram 22 anos de contribuição para a Previdência na condição de magistrado e, ao abrir mão desse tempo, a família, caso o ocorresse alguma fatalidade, não teria direito a pensão. Não houve, segundo ele, imposição para aceitar o cargo e, no futuro, ser indicado para uma vaga no Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou no STF (Supremo Tribunal Federal).
Ao final da entrevista coletiva, Moro disse que estará sempre à disposição do País, afirmou que não é um homem rico e que, após deixar o cargo, irá descansar e, depois, procurar emprego porque não é um homem rico e precisa trabalhar.