Os nove primeiros meses de 2019 foram positivos para as operações realizadas no píer 2 do Porto do Pecém, onde está localizado o Terminal de Regaseificação do Pecém – o primeiro terminal flexível de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) no Brasil.
De janeiro a setembro desse ano foram movimentadas 405.376 toneladas desse tipo de granel líquido. O número é 70% maior que o registrado no mesmo período de 2018.
O crescimento é explicado pela reativação da Termofortaleza, que no ano passado havia suspendido suas atividades. Como essa térmica é uma grande consumidora de gás, naturalmente aumentou a movimentação desse tipo de granel líquido no Porto do Pecém, diz Hugo Figueirêdo, Diretor-Presidente da Cegás.
O Terminal de GNL do Pecém consiste em um navio ancorado no píer 2 do Porto do Pecém, com um tanque criogênico que armazena o gás natural na forma líquida, a temperaturas inferiores a -160º C.
O volume armazenado corresponde a 80 milhões de m³ em estado gasoso, equivalente a uma compressão de mais de 600 vezes do seu volume líquido. O navio ancorado é constantemente abastecido por outros navios em trânsito, por meio de uma transferência de carga líquida.
O nosso píer 2, desde a sua concepção, foi especialmente projetado para a operação de granéis líquidos. Em 2009 passamos a dedicar os dois berços desse píer para a operação exclusiva do GNL. Portanto estamos completando dez anos de operação desse tipo de granel líquido no Porto do Pecém, diz Danilo Serpa, presidente do Complexo Industrial e Portuário do Pecém.
Em 2019 o terminal portuário cearense já recebeu navios-tanque de GNL procedentes de portos dos Estados Unidos; Noruega; Nigéria; República de Camarões; e Argentina.
O primeiro terminal flexível de regaseificação de gás natural liquefeito no Brasil tem a capacidade de transferir até 7 milhões de m³/dia de gás natural para o Gasoduto Guamaré-Pecém (Gasfor), que por sua vez se interliga a três termoelétricas: duas no Ceará (Termofortaleza e Termoceará) e uma no Rio Grande do Norte (Termoaçu).