Foto: Marcelo Camargo (Agência Brasil)

A última eleição abriu o debate sobre a participação feminina na política com a inclusão da cota de gênero. Após a revelação de candidaturas laranjas entre mulheres, o tema passou a dividir opiniões a cerca da cota partidária para essas candidaturas. “É uma decisão pessoal da mulher entrar na política.” – argumentou o jornalista Beto Almeida, que afirma que, no último pleito eleitoral, as mulheres não souberam aproveitar o espaço conquistado.

Para o jornalista Luzenor de Oliveira, que debateu o assunto no Bate Papo Político do Jornal Alerta Geral desta quinta-feira (25), a participação feminina nas representações eleitorais precisa ser incentivada na cota partidária.

A advogada Priscila Brito, em seu comentário sobre as propostas de redução das candidaturas femininas nas próximas eleições, defendeu que essa participação precisa ser incentivada seguindo o trâmite legal da Legislatura Eleitoral. Para o jornalista Luzenor de Oliveira, o histórico feminino na política demonstra verdadeira segregação. “Nós temos a maioria do eleitorado composto por mulheres. Eu sou a favor da cota.” O jornalista também criticou os líderes partidários que, segundo ele, colocam “olho gordo” no fundo eleitoral.

Para Beto Almeida, as mulheres agiram negativamente ao aceitarem fazer parte de candidaturas “laranjas” na eleição passada. Segundo o jornalista, elas “não levaram a sério a conquista que tiveram” e por este motivo, mancharam um pouco a imagem da bancada feminina, que passou a ser associada às campanhas falsas. Apesar disso, ele concorda que é preciso haver maior espaço para as mulheres dentro do cenário político.