A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) negou, nesta quarta-feira (21/06), trancamento de ação penal contra Edneudo Oliveira Silva, acusado de participar de grupo que cometeu uma série de crimes em Quixadá, entre os quais o homicídio de três policiais. Para o relator do processo, desembargador Haroldo Correia de Oliveira Máximo “há indícios suficientes de autoria narrados no contexto do inquérito, e da peça acusatória, provas colhidas e robustas, suficientes tanto para o indiciamento do paciente, quanto como para que conste em denúncia como réu”.

Segundo a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), no dia 30 de junho de 2016, por volta das 16h30, a polícia soube que indivíduos armados estavam em um carro vindo de Banabuiú em direção a Quixadá e efetuando vários disparos contra outro carro. Após perseguição e intensa troca de tiros, três policiais foram mortos, outros feridos e dois feitos reféns.

Em seguida, o grupo passou a cometer roubos de carros em cada localidade que passava para garantir a fuga. Entre os presos pela polícia está Edneudo Oliveira Silva, conhecido como “Neudo Pipoca”.

Ocorre que a defesa ingressou com habeas corpus no TJCE requerendo o trancamento do processo penal e a revogação do mandando de prisão dele, que encontra-se foragido. Argumentou ter havido erro na acusação. Explicou que há um engano com relação aos nomes, pois o acusado que está preso chama-se Edneudo, conhecido como “Leudo Pipoca”, e o seu irmão, Elineudo Oliveira Silva é conhecido como “Neudo Pipoca”.

A defesa sustentou ainda que a família “Pipoca”, como é conhecida na região, é uma muito grande e tradicional, tendo vários de seus membros com o mesmo pseudônimo.

O colegiado da 2ª Câmara Criminal, no entanto, negou os pedidos. Para o relator, “a denúncia narra um fato típico, e existem provas cabais nos autos processuais que são elementos que fundamentam a existência do delito, bem como indícios da autoria”.

Com informação da A.I