Nos últimos 10 anos, o número de encarcerados nas unidades prisionais sob responsabilidade da Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus) passou de 12.481 para 28.506. Conforme comparações feitas a partir de estatísticas divulgadas pela Pasta, do fim de 2008 até o início de 2018, houve um aumento de 128% no número de detentos.
A saída de internos não supera o número de presos que ingressam no sistema. A quantidade de presos provisórios (que ainda esperam por julgamento) também impacta diretamente na superlotação. Até o fim de fevereiro, havia 14.227 detentos nesta condição. Para a secretária da Sejus, Socorro França, o maior problema enfrentado pela Pasta se deve à demora dos julgamentos.
Segundo a Sejus, o perfil do preso cearense mudou no decorrer da última década. Quando comparadas ao ano de 2008, as prisões de hoje ocorrem pelo cometimento de crimes mais graves. Na tentativa de controlar o avanço da prática de crimes nas prisões, a Sejus divulgou uma série de ações para 2018. Um dos principais planos da Pasta é a construção de um presídio de segurança máxima estadual. Também conforme a Sejus, até maio, deve ser entregue um Centro de Detenção Provisória, com 600 vagas, e mil agentes aprovados no concurso de 2017 devem ser convocados.