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No dia que a retomada das visitas em cinco presídios do Ceará foram permitidas, familiares de detentos foram surpreendidos com a mudança de regras de visitação, neste sábado (16) , o que impediu de muitas pessoas entrarem em algumas unidades penitenciárias e casou revolta.

As visitas estavam suspensas desde janeiro, em consequência da maior série de ataques criminosos registrada na história do Estado, nas ruas. A lista de alimentos permitidos foi publicada no Diário Oficial do Estado no dia 22 de janeiro deste ano.

“(Disseram) que não pode entrar porque a roupa é estampada. Dentro da minha roupa, não tem nada”, contou Elizabete Marques, que foi impedida de entrar no Complexo Penitenciário de Itaitinga II. Ao ser interrogada se as visitas receberam alguma orientação sobre a vestimenta, ela revela: “Toda branca, igual dos presos. Roupa toda branca, chinela branca”, revela a entrevistada ao G1.

Ana Dias estava bem informada sobre a vestimenta e a alimentação e conseguiu ver o parente. “Só entra quatro sanduíches, um refrigerante, uma água e uns higiênicos. O preso tem que comer e o que não terminar de comer, volta. Tem que sair, traz de volta, não deixa lá”, comenta.

Uma mulher que preferiu não se identificar saiu do Interior para a Região Metropolitana de Fortaleza na esperança de ver o ente querido, que está detido, mas não conseguiu. “Só está entrando roupa clara, nem rosa bebê entra. Eles estão querendo chinela branca, calça branca, camiseta branca, ou então cinza claro. E as mãezinhas do Interior todas voltando, porque eles avisaram essa visita só ontem (sexta-feira) à tarde, ninguém sabia. Vim de Boa Viagem e não consegui entrar”, lamenta.

Questionada sobre as modificações das regras de visitação e a falta de informação a familiares ainda na manhã deste sábado (16), a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) não respondeu a demanda até a publicação desta matéria.