O governador de São Paulo, João Doria, sacudiu o cenário pré-eleitoral, nesta quinta-feira, ao anunciar a sua desistência da disputa pela Presidência da República e a permanência no cargo. Doria, que chegou a ensaiar despedidas do governo para disputar a sucessão presidencial, deverá, também, deixar o PSDB. Ele já admitiu, também, que não concorre à reeleição.
Com apenas 2% de intenções de votos, Doria foi aconselhado por correligionários a abrir mão da candidatura presidencial e apoiar o correligionário Eduardo Leite, ex-governador do Rio Grande do Sul, a quem derrotou nas prévias realizadas em novembro de 2021.
Doria venceu as prévias, ficou oficializado como pré-candidato a presidente da República, mas não conseguiu unir o PSDB, nem atrai aliados em outras siglas partidárias. A desavença interna no ninho tucano o deixou patinando em números desprezíveis da corrida pré-eleitoral, de acordo com as pesquisas.
A decisão de João Doria abre uma crise no PSDB que, a partir desse momento, pode ser reconstruído sob a liderança jovem do gaúcho Eduardo Leite que passa, também, a ser o nome natural do partido para Presidência da República. O senador Tasso Jereissati é um dos tucanos que sempre estimularam a candidatura de Leite por vê-lo como nome de renovação, de diálogo e com discurso moderado.