O número de ações judiciais envolvendo planos de saúde disparou no Estado de São Paulo neste ano. Foram 17.114 de janeiro a julho, o maior volume já registrado na história.

Em 2011, quando o levantamento começou a ser feito pelo Observatório da Judicialização da Saúde Suplementar do Departamento de Medicina Preventiva da USP, 3.895 ações foram julgadas.

Segundo o relatório, coordenado pelo professor Mário Scheffer, o número de decisões judiciais “cresce em ritmo mais acelerado do que a evolução da população atendida pela saúde suplementar”. Desde 2014, a quantidade de usuários de planos está em queda em São Paulo e no Brasil, devido à crise econômica e ao desemprego. Em março de 2017, 17.539.718 pessoas tinham planos no Estado. Em março de 2011, o número era maior: 17.544.330.

Ainda de acordo com o levantamento da USP, há mais causas envolvendo planos de saúde do que relacionadas ao SUS, embora o sistema atenda mais gente. O principal motivo que gerou ações foi a exclusão de coberturas ou negativas de atendimentos (47,67% das decisões).

O presidente da Câmara Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) aponta outras razões, além da “lealdade de João Doria”, para afirmar que dificilmente o prefeito deixará o PSDB para ser candidato a presidente: “É muito difícil que São Paulo tenha dois candidatos à Presidência, Geraldo Alckmin e Doria, com o mesmo perfil”.

Com agenda intensa fora de São Paulo nesta semana (ele vai a Palmas, Natal, Fortaleza e Recife), João Doria tem até recusado mais convites do que aceitado os que chegam a seu gabinete.

Crédito da Folha de São Paulo