As obras do Anel Viário da Região Metropolitana de Fortaleza, cujo último prazo de entrega seria dezembro deste ano, foram adiadas para o início de 2020, prazo que deverá ser descumprido novamente. Em andamento desde 2010, a obra enfrenta novo contratempo – a Construtora Souza Reis entrou com processo de recuperação judicial. A outra integrante do consórcio que dá andamento aos serviços, a piauiense Jurema, reduziu o ritmo e os trabalhos estão praticamente paralisados.

Embora seja de responsabilidade do governo federal, a execução do projeto vem sendo conduzido pelo Governo do Ceará, por meio da Superintendência de Obras Públicas (SOP). Desde que iniciou, em 2010, já foram repassados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), R$ 257 milhões em recursos federais.

Com a paralisação, a tendência é que a terceira colocada na licitação seja chamada a assumir o projeto, mas se não houver condições técnicas manifestadas, uma nova licitação deve ser realizada pelo Governo do Estado, jogando no limbo a previsão de um novo prazo, diante da urgência que a conclusão da obra requer.

A obra do Anel Viário compreende 32 quilômetros que se estendem do Parque Tabapuá (Caucaia) à CE-040 (Eusébio). Trata-se do principal corredor logístico do Ceará, ligando os dois principais portos cearenses, o do Mucuripe e o do Pecém, e todas as principais rodovias do Estado – BR-116, BR-020, BR-222 – e as estaduais, que são todas radiais à Capital.

Trata-se de um projeto complexo, com viadutos, duplicação de pistas, construção de pontes e ciclovias. A duplicação de pistas visa desafogar o tráfego da Região Metropolitana de Fortaleza, principalmente em Maracanaú, Maranguape e Caucaia. Resta esperar que os problemas sejam resolvidos e as obras do Anel Viário sejam retomadas o mais breve possível, reduzindo os problemas decorrentes de uma nova paralisação.