O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse hoje (1°) que o governo está confiante que haverá quórum para abrir a sessão de amanhã (2) da Câmara dos Deputados para a votação sobre a admissibilidade do processo contra o presidente Michel Temer. Padilha disse, no entanto, que há dúvidas se haverá em plenário o quórum mínimo de 342 deputados no momento da votação nominal devido a atuação da oposição.

“Acreditamos que deverá haver no painel 342 presentes. Isso nós acreditamos. A dúvida que existe é se teremos na hora da votação os 342 votos. Isso depende muito da oposição. Se a oposição obstruir, não vai acontecer. Nós sabemos que temos em vigor a decisão da CCJ [Comissão de Constituição e Justiça da Câmara]. Qual é a decisão? Pela rejeição da denúncia, então, estamos tranquilos. A oposição que tenta inverter esse resultado terá que colocar quórum, terá que colocar os 342 votos”, disse ao chegar para almoço com parlamentares da Frente Nacional de Agricultura, do qual também participou o presidente Temer. Padilha disse ainda que o governo gostaria de “liquidar” esse assunto amanhã.

Pelo calendário estabelecido pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, hoje, o parecer da CCJ, contrário ao prosseguimento da denúncia, será lido em plenário às 14h.

Amanhã (2) o parecer deverá ser votado pelos 513 deputados.

Desde ontem, o presidente Michel Temer recebe deputados em busca de apoio contra a admissibilidade da denúncia. Ao longo do dia de hoje, ele se reúne no Palácio do Planalto com deputados do PSB, PSD, Solidariedade, PRB, PSDB, PMDB, PTB, PR, PCdoB e DEM.

Do almoço com a bancada da agricultura, participam, além de Temer, cerca de 50 deputados, 5 senadores e os ministros das Casa Civil, Alexandre Padilha, da Agricultura, Blairo Maggi e da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy.

Padilha negou que o presidente Temer tenha intensificado a agenda com parlamentares nesse dias que antecedem a votação na Câmara. “Intensificar em relação a quê, porque a agenda do presidente tem sido de deputados todos os dias. Deputados e senadores. Ele tem feito isso com frequência”.

Meta Fiscal

Questionado por jornalistas sobre uma possível revisão na meta fiscal, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, respondeu que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, analisa o assunto. Ele negou que haja divergências sobre o tema. “Não tem divergência nenhuma. O ministro Meirelles começou analisar esse tema e ele é o condutor da política econômica do governo. A posição do ministro Meirelles é a posição do governo”, afirmou.

Ontem (31), Meirelles falou sobre o compromisso do governo de cumprir a meta fiscal de déficit primário de R$ 139 bilhões este ano. No entanto, afirmou que o assunto está sendo analisado no momento. “Vamos aguardar a evolução da arrecadação. Temos de fazer o que for melhor para a transparência e o aumento ainda maior da confiança na economia brasileira, na solidez fiscal do Brasil”, disse.

Com informações Agencia Brasil