Com o intuito de divulgar o Dia Nacional da Adoção, comemorado em 25 de maio, o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) promoveu, nos dias 19, 20 e 21, campanha de conscientização sobre o tema no Shopping Iguatemi. A população tirou dúvidas com representantes do Poder Judiciário, do Ministério Público do Estado, da Defensoria Pública, da Prefeitura de Fortaleza e de grupos de apoio à adoção. Também foram exibidos vídeos e entregues panfletos com orientações sobre os passos para adotar.
A juíza Alda Maria Holanda Leite, titular da 3ª Vara da Infância e Juventude da Capital, especializada nesses procedimentos, ressaltou a importância da ação. “O pessoal reclama muito que a Justiça é distanciada do povo, mas nesse evento a gente deu um passo em aproximação à sociedade, para mostrar como é simples adotar e como é importante, como a pessoa pode mudar o futuro, a vida de uma criança”, salientou.
Segundo o defensor público Hélio Vasconcelos, as pessoas interessadas em adotar podem procurar atendimento no Núcleo de Defesa da Infância e Juventude, que acompanha desde a inscrição no Cadastro Nacional de Adoção (CNA) até a conclusão do processo.
A defensora pública Sandra Dond Ferreira estava passeando com os netos e adorou a iniciativa. “Eu achei maravilhoso porque é um espaço onde tem muita circulação. Hoje é mais fácil você adotar e dar a oportunidade àquelas crianças que tanto esperam por um lar. Nós temos três pessoas adotadas na minha família e todas são amadas sem nenhuma distinção. Então eu incentivo muito que isso venha a acontecer”, afirmou.
Para o promotor de Justiça Dairton Oliveira, é preciso acabar com os mitos em relação à burocracia. “Não é burocrático adotar. Você vai passar por algumas etapas, mas para vencer só existe um requisito básico: que é amor. Se você não quiser ser pai ou mãe, ter um vínculo para o resto da vida, você pode ser padrinho”, explicou.
O Programa de Apadrinhamento, que também foi divulgado durante a campanha no shopping, visa beneficiar, principalmente, crianças e adolescentes que estão em situação de acolhimento e têm um perfil considerado de difícil adoção. De acordo com a diretora da Divisão de Procedimentos Administrativos e Judiciais do Juizado da Infância e Juventude de Fortaleza, Dulcinéia Aires, atualmente existem quatro padrinhos afetivos, 41 que colaboram com prestação de serviços e sete que contribuem financeiramente.
Os interessados em se cadastrar devem tem mais de 18 e encaminhar ao referido setor os seguintes documentos: identidade e CPF; declaração de idoneidade moral; comprovante de residência; certidão negativa de antecedentes criminais e cíveis; atestado médico; certidão de casamento (caso possua). Para os candidatos a apadrinhamento afetivo, será feito um estudo psicossocial e, para os demais tipos, será realizado um acompanhamento, tanto pela unidade de acolhimento, quanto pela equipe de apadrinhamento.
O evento, promovido pela Comissão Estadual Judiciária de Adoção Internacional (Cejai), que tem à frente a desembargadora Maria Vilauba Fausto Lopes, fez parte das comemorações do Dia Nacional da Adoção.
Na data, o Fórum Clóvis Beviláqua promoverá ações de sensibilização durante todo o dia. A programação termina nesta sexta-feira (26/05), no TJCE, com o II Seminário da Infância e da Juventude.
Com informação da A.I