A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), por meio de diligências conduzidas por equipes da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), prendeu mais dois homens suspeitos de executarem três mulheres no mangue do Rio Ceará, no bairro Vila Velha, na Área Integrada de Segurança 8 (AIS 8). As prisões foram realizadas nesta sexta-feira (09). Vídeos com as cenas dos homicídios foram divulgados nas redes sociais e auxiliaram os trabalhos policiais na identificação e na captura dos suspeitos. Três homens e um adolescente envolvidos nos crimes foram capturados pelo 7º Distrito Policial (Pirambu), na última terça-feira (06). Outros suspeitos de terem participado, direta ou indiretamente, na ação criminosa são procurados pela Polícia.

Na manhã de hoje (09), equipes da Unidade Tática Operacional (UTO) da Divisão Antissequestro (DAS), da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), do 17º Distrito Policial (Vila Velha) e do 7º Distrito Policial (Pirambu) da Polícia Civil, além do efetivo do Núcleo de Busca e Salvamento (NBS) do Corpo de Bombeiros Militar e da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) se mobilizaram para localizar e retirar os corpos das vítimas, em uma área do manguezal do Rio Ceará, dentro da comunidade dos Gafanhotos, no Vila Velha. “O caminho até o local onde os corpos foram encontrados é de difícil acesso e foi dificultado por ser uma área alagada”, explica a presidente do inquérito policial e titular da 8ª Delegacia da DHPP, Cláudia Guia. As buscas tiveram início na última segunda-feira (5).

Os presos de hoje foram identificados como Bruno Araújo de Oliveira (23) – com passagens por roubo e homicídio – e Júlio César Clemente da Silva (28) – sem antecedentes. Os dois são apontados como partícipes ativos dos crimes, de acordo com as investigações da DHPP. Após a prisão dos suspeitos, Bruno indicou o local exato onde os corpos foram enterrados. No local, as equipes encontraram peças de roupas e pedaços de madeira que, de acordo com as investigações, foram utilizadas para agredir as vítimas e depois foram enterrados junto aos corpos. Parte de um facão também foi localizado na área onde as vítimas foram colocadas.

Os corpos das vítimas foram levados para a Pefoce onde passarão por exames periciais. Os vestígios e o facão encontrados na área também foram levados para a Pefoce para serem analisados. Quando concluídos, os laudos periciais serão encaminhados para a DHPP. A Polícia Civil trabalha com os nomes de Darcyelle Ancelmo de Alencar (31), Ingrid Teixeira Ferreira (25) e Nara Aline Mota de Lima (23), que estão desaparecidas, como sendo as três vítimas encontradas hoje. Após o laudo pericial e o reconhecimento dos familiares, a Polícia Civil poderá se certificar de que se tratam das mulheres. Para a Polícia Civil, há indícios que a motivação para os crimes tenha relação com conflitos entre grupos criminosos rivais.

Primeiras capturas

Na última terça-feira (6), quatro suspeitos envolvidos na ação criminosa foram capturados por equipes do 7º DP. São eles: Diego Alves Fernandes (21) – com antecedentes criminais por receptação, associação criminosa e corrupção de menor; Luiz Alexandre Alves Silva (25) – com passagens por roubo com restrição de liberdade; e Antônio Honorato dos Santos (42) – sem antecedentes. As diligências resultaram ainda na apreensão de um adolescente de 17 anos – com passagem pela Polícia por posse ilegal de arma de fogo – que foi encaminhado à sede da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). Em depoimento, apenas Diego confessou que presenciou as execuções, bem como as ocultações dos corpos. A participação do quarteto é investigada.

Denúncias

A Polícia Civil mantém as investigações e reforça que a população pode contribuir com as investigações repassando informações que possam ajudar na localização dos suspeitos. As denúncias podem ser feitas pelo número 181, o Disque Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS); pelo (85) 3257-8807, da DHPP; ou ainda para o número (85) 99111-7498, que é o Whatsapp da Divisão, por onde podem ser feitas denúncias via mensagem. O sigilo é garantido.

Com informações da SSPDS