A população GBT (gays, bissexuais e travestis) do sistema penitenciário cearense é tema de documentário que será exibido na próxima segunda-feira (30), no Cinema do Dragão do Mar – Fundação Joaquim Nabuco. O documentário “Close” foi dirigido pela jornalista e cineasta Rosane Gurgel e retrata os internos GBT da Unidade Prisional Irmã Imelda Lima Pontes. O filme tem apoio da Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado e será lançado no Cinema do Dragão do Mar – Fundação Joaquim Nabuco, em Fortaleza, no dia 30 de janeiro, às 18h, em comemoração ao Dia da Visibilidade Trans. Após a exibição, haverá debate sobre o tema.  A secretária da Justiça, Socorro França, participa da exibição.

O curta-metragem traz depoimentos de quatro personagens (Jéssica, Suyanne, Bruna e Nathália) que estavam recolhidas no estabelecimento prisional.  A unidade, inaugurada pela Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado no ano passado, é destinada para presos GBT, idosos, deficientes físicos e condenados pela Lei Maria da Penha.

“A ideia do documentário foi promover a visibilidade para um assunto pouco explorado e comentado não só pela mídia, mas pela sociedade também. Precisamos abordar mais sobre os direitos LGBT para pessoas que estão em liberdade, mas também para as que estão reclusas no sistema penal, principalmente por serem as mais vulneráveis da população prisional”, afirma a diretora do filme, Rosane Gurgel. O documentário alterna cenas difíceis vividas por elas e momentos divertidos, buscando apresentar, a personalidade de cada uma dentro do cárcere.

A exibição, com a entrada franca, terá sequência de debate com a jornalista e diretora do filme, Rosane Gurgel, o advogado e ex-secretário da Justiça e Cidadania do Ceará (Sejus), Hélio Leitão, com o presidente da Associação Cearense de Críticos de Cinema (Aceccine) e repórter cultural do Jornal Diário do Nordeste, Diego Benevides, e com a coordenadora política do Grupo de Resistência Asa Branca (GRAB) e graduanda em Comunicação Social, Dediane Souza.

UP Irmã Imelda Lima Pontes

Inaugurada no último mês de setembro, ocupando o espaço onde funcionou o presídio militar, a unidade prisional tem capacidade para 200 internos. Atualmente, são 29 GBT. Além desse público, estão recolhidos lá idosos, deficientes físicos e condenados pela Lei Maria da Penha. A ideia era abrigar a população vulnerável do sistema.

Com informação da A.I