A Confederação Nacional de Municípios (CNM) começa, nesta segunda-feira, 19, a partir das 14 horas, a última Mobilização Municipalista do ano em Brasília na tentativa de convencer o Governo Federal a liberar recursos correspondentes a restos destinados a pagar obras que estão paradas ou em andamento. A CNM busca, também, definir a agenda de reivindicações a ser apresentada ao presidente eleito Jair Bolsonaro.
Além da agenda com o Executivo, os prefeitos querem, também, que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue a Ação sobre os royalties. No Congresso Nacional, articulam com deputados e senadores a votação de projetos com grande impacto nos Municípios, como a Nova Lei de Licitações e o 1% do FPM para setembro.
Os gestores municipais chegaram a Brasília com uma nova preocupação: o anúncio do Governo de Cuba sobre o fim do Mais Médicos após o futuro presidente anunciar restrições ao modelo de parceria assinada com o Brasil. Entre as exigências, o exame revalida como exigência de aptidão para o exercício da Medicina, liberdade para os familiares visitarem os médicos cubanos no Brasil e que os salários pagos pelo Governo brasileiro sejam destinados integralmente aos profissionais de saúde.
A parceria com o Governo do Brasil prevê que, dos R$ 11.865,00, R$ 3.000,00 ficam como salário para os médicos, enquanto o restante é destinado ao Governo de Cuba.
O Programa Mais Médicos tem, atualmente, 18.240 médicos, sendo que, desse total, 8.332 são oriundos de Cuba que atendem em 2.885 cidades. O Ceará tem 118 cidades que concentram 448 médicos cubanos. A estimativa da Associação dos Prefeitos do Ceará (Aprece) é que, pelo menos, 60 gestores de cidades cearenses participem da Marcha Municipalista em Brasília.