O ano de 2022 começou com uma pauta agitada na área do ensino público: os professores e servidores da educação estão mobilizados para as Prefeituras cumprirem as regras do Fundeb e implantarem o reajuste salarial de 33,23% sobre o piso salarial que, com a correção, passaria, a partir de primeiro de janeiro, para R$ 3.845,34.
A Presidente da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce), Enedina Soares, disse, nesta quinta-feira (06), em entrevista ao Jornal Alerta Geral, que, entre as 184 prefeituras do Ceará, nenhuma se manifestou favorável ao reajuste do piso salarial no patamar de 33,23%.
Enedina afirmou que os professores lutam por um direito e não podem abrir mão de uma conquista que está garantida por lei. Ela fala, ainda, das dificuldades para o exercício da profissão e lembra que, ao longo do período da pandemia, professores tiveram que custear as despesas para elaborar aulas e transmitir, via online, os conteúdos, o que mostra, em seu entender, a falta de reconhecimento por parte do poder público.
VOLTA À SALA DE AULA E ESCOLAS SEM ESTRUTURA
Em outro ponto da entrevista ao Jornal Alerta Geral, que é gerado pela Rádio FM 104.3 – Expresso Grande Fortaleza, com transmissão por mais de 20 emissoras no Interior do Estado e pelas redes sociais do @cearaagora, a presidente da Fetamce revelou que o início do ano letivo nas escolas públicas gera preocupação diante do recrudescimento da pandemia da Covid-19 uma vez que muitas escolas não estão preparadas para receber.
Enedina relata que, em alguns municípios, as escolas não passaram por uma devida adequação física para receber os alunos, como, por exemplo, a instalação de bebedouros e banheiros. Em outras escolas, segundo a líder sindical, há incidência até de cupim em portas, janelas e telhadas, o que gera risco de acidentes com estudantes e servidores.
