Em reunião da Executiva Nacional do PSDB, comandada pelo presidente interino da legenda, senador Tasso Jereissati (CE), nesta quarta-feira (9), o partido definiu que elaborará um calendário para a realização de um congresso nacional e de convenções partidárias municipais, estaduais e nacional. O processo deverá ser coordenado por uma comissão chefiada pelo secretário-geral da legenda, o deputado federal Sílvio Torres (PSDB-SP). A comissão também vai discutir pontos da reforma política.

Tasso afirmou que foi uma reunião muito produtiva. Disse que a comissão vai coordenar as discussões temáticas do partido, a partir da semana que vem. “Em relação àquilo que nós tínhamos mais urgência, por exemplo a questão da reforma política, nossas posições agora são a da cláusula de barreira, do fim da coligação proporcional já para 2018, a questão do voto distrital misto. Nós vamos levar o distrital misto para chegarmos ao parlamentarismo. Não agora, o parlamentarismo não como solução de crise. Mas o parlamentarismo para 2022”, disse.

Com relação ao financiamento de campanhas, Tasso disse que é favorável a um plebiscito para que a população decida se as campanhas eleitorais devem ser financiadas pela iniciativa privada ou por um fundo público, oriundo do orçamento.

Ressaltou que com relação ao apoio ao governo federal, o partido apoiará o que estiver de acordo com o programa partidário. “Por exemplo, a reforma da previdência. O governo conta com a gente. Reforma tributária, o governo conta com a gente. Em tudo aquilo que vier a ser parte do nosso programa, e sempre dissemos isso. Já aumento de Imposto de Renda, por exemplo, que foi levantado, o governo não conta com a gente,” revelou.

O senador cearense defendeu que o momento é propício para todos os partidos políticos fazerem um mea-culpa. Entende que é o mesmo que tapar o sol com a peneira dizer que não existe uma enorme insatisfação da população brasileira com a classe política. “Não vamos ficar cegos diante do que está acontecendo na rua. Por que nós todos, políticos, estamos sendo rejeitados pela população e onde nós podemos consertar essa situação?”, indagou.

Pontuou que o partido está unido, mas não tem dono. “Nós não temos dono. Aqui as coisas são decididas democraticamente e nas discussões aparecem sempre opiniões diferentes e divergentes e, no básico, nós estamos juntos”, revelou.