O Ceará encerrou o ano de 2020 com 194.900 solicitações de Seguro-Desemprego. Os números representam uma redução de 3% em relação ao ano anterior, quando foram registrados 201.217 pedidos, bem como é inferior aos resultados de outros estados da região Nordeste, como a Bahia e Pernambuco, que registraram 312.734 e 210.172 solicitações, respectivamente. Os números possibilitaram um aporte de R$1.023.330.851,00 na economia do estado, com um valor médio da parcela em R$ 1.200,12.

Para o coordenador do Seguro-Desemprego do IDT, Neto Oliveira, “apesar do impacto da crise do coronavírus sobre a atividade econômica no estado, o decréscimo registrado pode estar relacionado a uma melhora da economia, a partir dos planos de retomada da economia pelo Governo do Ceará; e aos efeitos da Medida Provisória nº 936, que permite jornada reduzida e a suspensão no contrato de trabalho, contribuindo para uma redução no número de desligamentos”.

Além disso, ele acredita que a redução da busca pelo benefício pode ser explicada também pelas mudanças na legislação trabalhista, que reduziram as possibilidades do trabalhador receber o benefício.

Dados da Base de Gestão do Seguro-Desemprego no Ministério da Economia revelam que os pedidos se concentram principalmente nos setores de Serviços (40,45%), seguido pelo Comércio (26%) e a Indústria (21,88%), Construção Civil (9,52%) e Agropecuária (2,15%). De acordo com a mesma fonte, se analisadas por gênero, as procuras pela habilitação ao benefício no mesmo mês, demonstram uma maioria de solicitações pelo sexo masculino (63,55%), enquanto que 36,45% foram requeridos por mulheres.

A maior faixa salarial dos trabalhadores cearenses está entre os que ganham 1,01 a 1,5 salários mínimos, que são 108.308 trabalhadores.

Hoje, todas as unidades do IDT/SINE já estão realizando atendimento presencial, de forma agendada, e o trabalhador que precisar dar entrada no benefício e não deseja deslocar-se à Unidade pode acessar o serviço pelo chatbot, em www.idt.org.br, ou por meio do [email protected].