No Estado de São Paulo, 45% dos professores do ensino médio não têm formação específica na área em que atuam. Em física, por exemplo, 71% não têm instrução. Sociologia e filosofia apresentam os piores índices. Professores sem o conhecimento adequado representam 88% e 77% dos docentes nas duas disciplinas, respectivamente.
Por outro lado, as aulas de educação física no Estado têm 90,4% dos professores com formação adequada. Em língua portuguesa, esse percentual é de 86,4%. A secretaria de Educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB) defendeu que uma indicação do Conselho Estadual de Educação permite que docentes com 160 horas de formação em disciplinas correlatas assumam a função em caso de “necessidade”.
“A prioridade é que os docentes assumam as aulas de sua formação”, informou, em nota, a pasta. De acordo com a secretaria, mais de 97% dos professores da rede estadual têm formação superior completa. No entanto, não necessariamente atuam nas disciplinas para a quais são formados.
O governo Alckmin aprovou em outubro a convocação de 20,9 mil professores. Eles haviam sido aprovados em um concurso realizado em 2013, mas ainda estavam na fila de espera. A rede conta atualmente com 210,9 mil docentes, segundo dados de dezembro. Os professores da rede estadual paulista não recebem reajuste salarial desde 2014.
Com informação Folha de São Paulo