Quixeramobim, cidade que indica o marco zero do Ceará, registrou 1.052 tremores em terra em menos de dois meses. As informações são da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR). O órgão avalia o fenômeno como “enxame sísmico” e afirma que a evolução de seus impactos é imprevisível. Os registros foram feitos entre 18 de março e a última quarta-feira (1º).

A maior escala registrada no período foi de 3.3 na Escala Richter, no dia 18 de abril, e foi sentida nos municípios de Boa Viagem e Madalena. No dia 20 de março foram registrados 2.9 de magnitude 2.9 na Escala Richter, e no dia 30 de março foram registrados abalos de 3.0.

Tremores em terra é o fenômeno mais incomum no país. Até o momento, os abalos não causaram nenhum acidente grave, mas rachaduras e quedas de telhas foram percebidas na cidade.

Segundo a Rede Sismográfica Brasileira, a reativação de falhas geológicas, a acumulação de pressão sob a superfície da Terra e a ruptura rochosa são possíveis fatores que podem influenciar nessas manifestações.

Este é um momento de muita atenção, pois a atividade sísmica da região pode parar de repente ou gerar um terremoto de maior magnitude. Estamos atuando em colaboração com a Defesa Civil para esclarecer a população e instalamos, com o apoio da Prefeitura de Quixeramobim, novos links de internet nas estações para fortalecer as informações fornecidas pelo monitoramento, afirma o sismólogo Eduardo Menezes.

 

A Defesa Civil recomenda que, em situação de tremor de terra, a pessoa deve tentar manter a calma e não entrar em pânico. Se estiver dentro de casa, o ideal é que saia dela de maneira ordenada, sem correria. Para pessoas que moram em locais com recorrência de tremores, o ideal é construir uma casa cujo espaçamento entre as ripas seja igual ou inferior a 25 centímetros, para que as telhas fiquem firmes.