O governador Camilo Santana (PT) decidiu, nesta terça-feira (04), antecipar uma reunião com os deputados estaduais aliados para mantê-los informados sobre os estudos realizados para concessão de reajuste salarial dos policiais militares e civis. O encontro estava programada às 16 horas, no Palácio da Abolição, no Bairro Aldeota, em Fortaleza.

O primeiro dia de pronunciamentos na Assembleia Legislativa, em 2020, exigiu uma resposta mais rápida do Governo do Estado que, no início desta tarde, contestou o discurso do deputado soldado Noélio (PROS) que bateu duro no reajuste que a administração estadual está propondo para os policiais militares.

Segundo Noélio, o governo quer dividir o reajuste salarial em três anos, o que, em seu entender, é vergonhoso. Noélio disse que os policiais cearenses tem um dos piores salários do Nordeste e, por essa razão, a correção da remuneração precisa ser bem acima do que a administração estadual está propondo. Noélio condenou ainda a atitude do Palácio da Abolição em barrá-lo na mesa de negociação com os representantes dos policiais.

O Palácio da Abolição considera que, nos últimos cinco anos, tem sido boa a relação entre Executivo e a corporação da Polícia Militar e, ao identificar que o movimento de articulação do deputado federal Capitão Wagner (PROS) estava ganhando corpo e poderia gerar instabilidade na tropa, provocando mais cobranças de policiais que tem expectativa sobre a boa reposição de salários, o governo decidiu reagir e antecipou, para esta tarde, a reunião com os deputados estaduais aliados.

TABELAS E VALORES SALARIAIS

O governador Camilo Santana contestou o discurso da oposição capitaneado pelo deputado Noélio e disse que os policiais cearenses estão com remuneração bem acima da medida salarial dos colegas dos demais estados do Nordeste. Camilo lembrou, ainda, que a lei sancionada em 2015 vem proporcionando frequentes promoções dos policiais. O governador mostrou números para dizer que as despesas com pessoal na área de segurança passou de R$ 1,5 bilhão, em 2015, para R$ 2,5 bilhões em 2019.