Diante de uma seca histórica na região onde estão as principais hidrelétricas do Brasil, o governo está estudando medidas para garantir que não vai faltar eletricidade no país. As ações a serem implementadas ainda estão sendo avaliadas, mas duas delas deverão ser restringir a navegação por rodovias e o uso de água para irrigação. O objetivo é preservar os reservatórios.

O governo criou uma “sala de situação” para acompanhar a evolução do suprimento de energia do país, que reúne diversos ministérios, além do de Minas e Energia (MME), incluindo ainda as agências de energia (Aneel) e de águas (ANA), sob comando da Casa Civil da Presidência da República.

Quando o nível dos reservatórios está bom existe a possibilidade de dividir o uso da água. Na situação atual, porém, com os reservatórios baixos e sem previsão de chuvas abundantes pelos próximos meses, cresce de faltar água no segundo semestre, no auge do período seco anual.

As duas medidas deverão ser tomadas no médio prazo. A meta é que, restringindo navegação e irrigação, se possa armazenar água nos reservatórios para ser utilizada em momentos de pico de consumo, evitando desabastecimento.

Para discutir as ações a serem postas em prática, integrantes do MME chamaram gestores do setor elétrico de 2001 (quando houve racionamento) e de 2014 (ano em que ocorreu outra seca histórica).

Uma das primeiras medidas tomadas foi a decisão de fazer um leilão extra para a contratação de termelétricas que hoje não fazem parte do sistema de fornecimento de energia do país. O governo já havia  acionado todas as termelétricas disponíveis e vem importando energia da Argentina e do Uruguai.

A escassez de chuvas já levou a uma alta no custo de energia, devido ao acionamento das térmicas. Nesta sexta-feira, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) poderá acionar a bandeira tarifária 2, o que resultará em aumento na conta de luz.

(*) Com informações O Globo