O presidente da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), Edson Rogatti, solicitou, nesta terça-feira (20), um “olhar diferente” do presidente eleito Jair Bolsonaro em relação às Santas Casas, assim que tomar posse no ano que vem.
Segundo ele, o presidente está agradecido (as Santas Casas). Agora, a hora que ele tomar posse, tem que chamar a gente lá para sentar. Vamos discutir, né? Porque se a gente é importante para o Sistema Único de Saúde, a gente tem que ter um atendimento diferente, um olhar diferente de quem administra, porque é quem atende lá na ponta — afirmou Rogatti após a reunião com Bolsonaro e os parlamentares.
Disse esperar que todas as Santas Casas sejam igual a de Juiz de Fora, e possam atender bem todos os pacientes do SUS. Ele afirmou ainda ter entregado uma planilha com os dados de custeio dos hospitais filantrópicos e da dívida de todas as unidades das Santas Casas no Brasil. São 2.100 unidades, que acumulam débitos de R$ 21 bilhões.
“Não queremos ter lucro, não queremos ter nada. Se um procedimento, você vê que em qualquer hospital um parto normal custa R$ 2 mil, R$ 3 mil, o que a gente recebe é R$ 480”, explicou.
Rogatti disse que não houve nenhuma promessa de Bolsonaro de reajustar as tabelas de repasses do SUS para os hospitais filantrópicos, mas que o interesse das Santas Casas é de que elas recebam o mesmo tanto de verba que os hospitais públicos recebem para os procedimentos do SUS.
Com O Globo