O médico e Deputado Estadual José Sarto (PDT) é o novo prefeito de Fortaleza ao vencer, neste domingo, o candidato do PROS, Capitão Wagner. Sarto recebeu 51,69 % dos votos (668.652), enquanto Wagner somou 48,31% votos (624.892 ). Os números finais da apuração mostram uma diferença a favor do pedetista bem inferior a projetada nas pesquisas do Ibope (61% X 39%) e do Datafolha (57% X 43%) publicadas nos últimos três dias que antecederam ao segundo turno da eleição.

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A contagem dos votos foi marcada pela emoção na Capital e, mesmo com os aliados de Sarto confiantes nas projeções das pesquisas, muita gente não escondia o nervosismo, a tensão e a angústia. O grito de vitória e alívio chegou na reta final da apuração.

O resultado das eleições mantém o PDT no comando administrativo da Prefeitura da Capital pelos próximos quatro anos e fortalece a aliança do Governador Camilo Santana (PT) e do Senador Cid Gomes (PDT). Os votos dados ao Capitão Wagner, com uma votação superior a obtida no segundo turno das eleições de 2016, deixam a oposição entusiasmada para a disputa do Governo do Estado e do Senado em 2022. O entusiasmo cresce ainda mais com a vitória de Vitor Valim, do PROS, em Caucaia.

Ao todo foram 1.406.423 votos computados, sendo 1.293.544 votos válidos (91,97%); 35.081 brancos (2,50%); 77.798 nulos (5,53%) e 414.959 (22,78%) abstenções.

Campanha curta

Sarto e Wagner chegaram ao segundo turno e, com uma campanha curta, buscaram atrair, por meio da propaganda no rádio e na televisão e pelas redes sociais, a atenção dos eleitores. Foram menos de duas semanas de campanha.

Sarto largou na frente nas pesquisas do Instituto Datafolha e do Ibope, ganhou o apoio do PT, PSOL, SD, Patriota e Partido Verde que, no primeiro turno, tiveram candidatos próprios e recebeu, em seu palanque, o maior de todos os cabos eleitorais – o Governador Camilo Santana (PT).

Candidato pelo PROS, Capitão Wagner chegou ao domingo de votação sem receber adesão de lideranças partidárias ou candidatos que concorreram no primeiro turno, mas sempre afirmava que os números das pesquisas não retratavam o sentimento que tinha nas ruas.

Wagner ocupou todos os espaços de entrevistas e debates para os quais foi convidado e recorreu às redes sociais na busca dos eleitores que, no entender dos estrategistas de campanha, poderiam mudar o voto.

A disputa eleitoral mais atípica dos últimos 35 anos, em função da pandemia da Covid-19, com pouco movimento nas ruas, termina neste domingo. A partir dessa segunda-feira, o olhar se volta a 2022, quando estarão em jogo o Governo do Estado e o Senado.

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