O período de chuvas é propício ao aparecimento de escorpiões no interior das residências, o que aumenta o risco de acidentes. Com as chuvas, esses aracnídeos procuram lugar para se abrigar e acabam entrando nas casas. Os escorpiões podem entrar nas residências através de tubulações para fiação e encanamentos de esgoto, além de frestas de paredes, portas e janelas. Eles procuram alimento à noite e, na claridade do dia, ficam escondidos em lugares escuros, como calçados, armários, gavetas, panos e toalhas em áreas de serviço e banheiros.
Os escorpiões não atacam o homem intencionalmente. O acidente geralmente ocorre no momento em que a pessoa encosta a mão, o pé ou outra parte do corpo no animal. Os grupos mais expostos são os de pessoas que atuam na construção civil, assim como crianças e donas de casa. Ainda nas áreas urbanas, são sujeitos os trabalhadores de madeireiras, transportadoras e distribuidoras de hortifrutigranjeiros, por manusear objetos e alimentos onde podem estar alojados os escorpiões. As medidas de controle e manejo populacional de escorpiões baseiam-se na modificação das condições do ambiente a fim de torná-lo desfavorável à ocorrência, permanência e proliferação destes animais.
A melhor forma de evitar acidentes é adotar medidas de prevenção. Por isso é fundamental manter a casa e a área ao redor limpas, uma vez que o lixo e entulhos podem servir de abrigo. Também é importante ficar atento à limpeza de armários, já que ambientes escuros e úmidos servem de esconderijos para aranhas e escorpiões. Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros, meias-canas e rodapé, além de utilizar telas e vedantes em portas, janelas e ralos, são outras formas de evitar a presença dos animais peçonhentos.
Frequentemente, a picada de escorpião é seguida de dor, moderada ou intensa, ou formigamento do local do acidente. Nos casos graves, podem ocorrer náuseas ou vômito, suor excessivo, agitação, tremores, salivação, aumento da frequência cardíaca (taquicardia) e da pressão arterial. Acidentes com escorpiões são os mais frequentes entre aqueles envolvendo animais peçonhentos. Em 2016, os acidentes com escorpiões representaram 71% do total de 3.703 casos de agressão de animais peçonhentos a humanos, com 2.642 registros.
Com informação da A.I