A Secretaria de Segurança e da Paz Social do Distrito Federal deve reforçar nesta quarta-feira (2) o efetivo na área central de Brasília, em razão da votação, na Câmara, da admissibilidade da denúncia de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer.

Segundo nota da secretaria, embora nenhuma manifestação tenha sido protocolada, os agentes vão permanecer em estado de prontidão, podendo ser acionados a qualquer momento. A Polícia Militar (PM) destacará uma equipe especializada para atuar na Esplanada dos Ministérios, onde fica o Congresso Nacional.

Apesar de não terem sido confirmadas junto à secretaria, as manifestações tomam forma nas redes sociais. No Twitter e no Facebook, a Frente Brasil Popular informou que um ato está marcado para as 17h.

Acesso aos ministérios

Nenhuma via de acesso às imediações da Esplanada será bloqueada, a princípio. O acesso dos servidores dos ministérios não tem, até o momento, nenhum procedimento atípico ou especial e está sendo feito pelas portarias principais.

No prédio do Ministério da Agricultura, os tapumes existentes são de maio, quando a frente do prédio foi atingida por chamas provocadas por manifestantes.

“A gente estreita um pouco a abertura da porta principal. Orientamos a equipe a fechá-la de imediato, se houver alguma ameaça, e a aguardar a PM, até porque ela monitora os ônibus que entram em Brasília. Como a gente tem um efetivo [de segurança interna] limitado, não há como aumentá-lo, mas tomamos todas as medidas que julgamos necessárias. Nós temos um canal direto com o 6º Batalhão da PM. Mantemos também vigilantes nas guaritas, que operam, nesses dias, como sentinelas”, disse o supervisor de segurança do ministério, Ricardo Teles.

A reportagem da Agência Brasil avistou – no início da manhã – cerca de sete ônibus e cinco carros da PM próximos ao Ministério da Justiça, e duas motos da corporação diante do Ministério da Defesa.

Dois agentes policiais instalavam taipas na lateral direita do Congresso. Na Rodoviária de Brasília, não foram constatadas revistas de transeuntes. Também não foi observado nenhum grupo da Força Nacional na área.