A agonia no ninho tucano continua. As lideranças nacionais do PSDB nada decidiram sobre os rumos do partido na disputa presidencial e esperam, para esta quarta-feira, o primeiro sinal de um gesto de grandeza do    ex-governador de São Paulo, João Doria, que não consegue apoio eleitoral, nem a unidade do próprio partido.

O repórter Carlos Alberto, em participação no Jornal Alerta Geral, relata os conflitos internos que estão afundando o PSDB, com reflexos no Ceará.

GESTO DE GRANDEZA

O gesto de grandeza é a renúncia de Doria à pré-candidatura, o que permite ao PSDB apostar no nome do ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.  Diante das pressões para renunciar, Doria deixou o recado que, se o resultado das previas que o indicaram candidato não for respeitado, a briga será no tapetão. Os tucanos querem evitar o embate na Justiça.

 “Tenho a expectativa de que, em um gesto de desprendimento, de grandeza, o governador possa construir essa saída, que é o sentimento amplamente majoritário do PSDB’’, disse o deputado federal Aécio Neves, ao defender que João Doria faça uma reflexão sobre os prejuízos que o partido pode sofrer nas eleições de 2022.

VÔO SOLO E TERCEIRA VIA

A quarta-feira pode ser marcada por mais pressões sobre o ex-governador de São Paulo. As lideranças nacionais do PSDB voltam a se reunir, hoje, pela manhã, em Brasília, e esperam a presença de João Doria. Por meio de aliados, Doria indicou que não vai comparecer. O dia terá ainda outros desdobramentos na discussão sobre o futuro da candidatura de João Doria e da chamada terceira via, que aproxima o PSDB, MDB e Cidadania. Dirigentes dos três partidos se reúnem para avaliar uma pesquisa sobre qual nome pode representar melhor esse bloco partidário na disputa pela Presidência da República.