Durante eleição que decidiu o presidente da nova Mesa Diretora alguns parlamentares exibiram publicamente seus votos – o que havia sido proibido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Assim, os senadores que apresentaram publicamente a cédula de voto na eleição, entre eles, os senadores cearenses Eduardo Girão (PROS) e Tasso Jereissati (PSDB), podem sofrer penalidades por quebra de sigilo.

O artigo 60 do regimento interno da Casa assegura que “a eleição dos membros da Mesa será feita em escrutínio secreto, exigida maioria de votos, presente a maioria da composição do Senado“. Dessa forma, o nome dos parlamentares que exibiram seus votos podem ser levados ao Conselho de Ética, podendo ocasionar a “perda temporária do exercício do mandato” – artigo 10 do código de ética.

Contrariando decisão do STF, os senadores Tasso Jereissati e Girão exibiram seus votos. Girão foi um dos senadores presentes a pedir o microfone para anunciar que votaria em Davi Alcolumbre – eleito presidente da Mesa. Tasso também quebrou o sigilo e mostrou o voto no candidato do Democratas, defendo a escolha baseado na renovação do comando do Congresso.

Parlamentares que apresentaram seus votos:

Mara Gabrilli (PSDB-SP)
Flávio Bolsonaro (PSL-RJ)
Roberto Rocha (PSDB-MA)
Antonio Anastasia (PSDB-MG)
Carlos Viana (PSD-MG)    
Rodrigo Pacheco (DEM-MG)
Vanderlan Cardoso (PP-GO)
Jorge Kajuru (PSB-GO)
Selma Arruda (PSL-MT)
Jayme Campos (DEM-MT)
Eduardo Girão (PROS-CE)
Dário Berger (MDB-SC)
Esperidião Amin (PP-SC)    
Jorginho Mello (PR-SC)
Alessandro Vieira (PPS-SE)
Plínio Valério (PSDB-AM)
Flávio Arns (REDE-PR)
Oriovisto Guimarães (PODE-PR)
Fabiano Contarato (REDE-ES)    
Marcos do Val (PPS-ES)    
Rose de Freitas (PODE-ES)
Leila (PSB-DF)
Izalci Lucas (PSDB-DF)
Reguffe (Sem partido-DF)
Marcos Rogério (DEM-RO)
Randolfe Rodrigues (REDE-AP)
Davi Alcolumbre (DEM-AP)
Major Olimpio (PSL-SP)
Antônio Anastasia (PSDB-MG)