O deputado estadual Carlos Matos (PSDB) destacou, nesta quarta-feira, em pronunciamento na Assembleia Legislativa, os 30 anos da posse do empresário Tasso Jereissati (PSDB) como governador do Ceará. Tasso foi eleito, pela primeira vez, em 1986, assumiu o Governo em março de 1987 e, ao deixar o cargo, em 31 de dezembro de 1990, elegeu como seu sucessor o então aliado Ciro Gomes. À época, Tasso e Ciro pertenciam ao PSDB.

Com a chegada de Tasso ao Governo, ficava encerrado um ciclo de poder dominado pelos chamados coronéis – Virgílio Távora, César Cals e Adauto Bezerra. Tasso, então filiado ao PMDB,  ganhou a eleição de 1986 contra Adauto  – o único dos três coronéis que continua vivo. Três anos após ser eleito, Tasso abandonou o PMDB e se abrigou no PSDB, onde continua até hoje.

O deputado Carlos Matos lembrou que Tasso herdou um estado com graves problemas e implementou uma política voltada aos interesses do bem comum. A primeira gestão de Tasso foi marcada pelo rompimento com antigos aliados que não aceitavam o novo modelo político e administrativo. As duras medidas de enxugamento da máquina geraram antipatia no meio político no primeiro ano de governo, mas, em pouco tempo, Tasso ganhava notoriedade para se transformar no maior líder político dos últimos 50 anos no Ceará.

Trinta anos depois, o Estado do Ceará herda grandes transformações no modelo econômico, social e político. A herança administrativa construída pelo hoje senador Tasso Jereissati contribuiu para as grandes transformações do Ceará nos últimos 20 anos.   

O novo modelo implantado por Jereissati, segundo Carlos Matos, mudou a forma de fazer política, gerou impacto social como a melhora do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Ceará, a interiorização da indústria, a geração de empregos, a construção do açude Castanhão, a criação do Programa São José para o combate à Pobreza e o Programa Agentes de Saúde,  que foi levado para a esfera nacional. Com informações da assessoria de imprensa do gabinete do deputado estadual Carlos Matos.

TRAJETÓRIA

Ao deixar o Governo do Estado em dezembro de 1986, Tasso Jereissati ficou fora do poder por quatro anos, voltou em 1994 como sucessor do então chefe do Executivo, Ciro Gomes, reelegeu-se, em 1998, em, em 2002, conquistou o primeiro mandato de senador. Em 2010, ao tentar à reeleição, perdeu a vaga no embate contra José Pimentel (PT) e Eunício Oliveira (PMDB). Estimulado pelos números das pesquisas, Tasso aceitou ser candidato ao Senado em 2014. O prestígio com os eleitores o garantiu voltar ao Senado. Tasso que, nessa terça-feira, ganhou a Presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), tem mandato até 2022. Da coluna política do jornalista Luzenor de Oliveira.