Em Fortaleza, todos os bairros tiveram moradores afetados pela chikungunya. Dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Estado, mostram que em 88 bairros um total de 12% de moradores foram infectados pela doenças. Já nos outros 31 bairros, um caso foi registrados.

O número representa um surto de 52.083 novos casos confirmados só este ano. Segundo Nélio Morais, titular da Coordenadoria de Vigilância em Saúde, o Ceará – e Fortaleza, especificamente – está passando pelo processo que outros estados do Brasil, como a Bahia e Minas Gerais, já atravessaram.

A população que já foi afetada se torna imune e a incidência tende a regularizar. Cerca de 80% dos focos do mosquito transmissor se encontram em residências, e, segundo o infectologista Anastácio Queiroz, “os focos de hoje são os mesmos de 1986”, quando houve a primeira epidemia de dengue do País.

Até agora, foram contabilizadas 81 mortes por febre chikungunya em Fortaleza só este ano. A população acima de 70 anos é a maior vítima, contabilizando um percentual de quase 80% do total. Com maior incidência nos meses do início do ano, as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti obedecem a um ciclo de proliferação ligado à temporada de chuvas.