Diante da polêmica sobre o “sai ou não sai” e articulações de alas pró-Aécio dentro do PSDB para que o senador Tasso Jereissati deixe a presidência interina do partido, há o questionamento sobre eventuais articulações por parte do senador mineiro – afastado após delação da JBS.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, Tasso Jereissati foi categórico ao reconhecer sua interinidade e disse que se Aécio Neves quiser voltar a assumir o comando da sigla, ele não precisa depender de articulações. “Ele não precisa articular nada. É só o senador Aécio Neves querer. Em cinco minutos ele resolve isso. Não posso me revoltar e rebelar contra isso, porque tenho consciência que estou em interinidade”, disse o presidente do partido.

Entretanto, Tasso reconheceu que há ainda uma ala na sigla que defende sua permanência, pelo menos até a Convenção que deverá definir, em dezembro, uma nova Executiva Nacional. Para o presidente interino, a convenção é o caminho democrático para que, com muita discussão, se eleja um novo presidente do partido.

Questionado se descartaria a antecipação da convocação da convenção, Tasso Jereissati concordou e disse que “não é o que nós queremos”.

Tasso Jereissati reafirmou ainda ser a favor da saída do PSDB do Governo, mesmo assumindo quatro ministérios: “eu defendi isso, sem dúvida nenhuma, mas nunca ficar contra o Governo, não assumir a posição do PT de ‘Fora Temer’, de votar sempre contra o Governo, fazer oposição ostensiva dura. Defendi sair para termos a isenção necessária para fazermos a revisão de nosso equívoco e fazer um novo programa de partido”.