O senador Tasso Jereissati (PSDB) definiu, nesta quarta-feira, 3, o general Theophilo Gaspar, durante visita à cidade de Tianguá, na Região da Ibiapaba, como um verdadeiro herói que abdicou do descanso após 45 anos de serviços prestados ao Exército para aceitar o desafio de concorrer ao Governo do Estado e enfrentar uma máquina com 24 partidos – um sistema de cooptação por ele definido como inédito na história política do Ceará e do Brasil.

Segundo Tasso, o general Theophilo colocou toda a sua experiência a serviço dos cearenses e, mesmo sem apoio de lideranças políticas do Interior, teve a coragem e o altruísmo de enfrentar a máquina partidária comandada pela estrutura de poder. Em muitos municípios, o general, segundo Tasso, não tem um só vereador para recebê-lo porque todos foram cooptados.

A cooptação de forças políticas locais, de acordo com Tasso, foi feita na aliança entre Governo do Estado e Governo Federal. ‘’Todos foram cooptados, mas somos recebidos pelo povo. Sabemos que é difícil, mas o Ceará não pode continuar como está’’, disse Tasso, ao destacar que hoje o Ceará vive um dos piores momentos nas áreas de segurança, saúde e geração de empregos.

Tasso, ao conversar com o radialista Carlos Alberto, da Rádio FM 94.9 – Somzoom Serra Grande, afiliada ao Sistema Ceará Agora de Comunicação, fez um balanço sobre a corrida ao Governo do Estado e a disputa à Presidência da República. Ao ser questionado sobre o quadro nacional, com a disputa entre os candidatos do PSL, Jair Bolsonaro, e do PT, Fernando Haddad, lamentou a polarização entre extremas esquerda e direita e afirmou que ainda tem esperanças que impere, em seu entender, a conciliação.

A conciliação, na visão de Tasso Jereissati, responde pelo nome de Geraldo Alckmin. Segundo Tasso, a campanha presidencial é bem diferente de campanhas anteriores porque é marcada pela força das redes sociais, com mais influência da internet e menos força da televisão. Disse, ainda, que a campanha é marcada, também, pela maior corrupção da história política do País e pela depressão econômica que levam ao clima de exaltação, violência e extremismo.

Mesmo com o conflito entre direita e esquerda, Tasso afirmou que ainda espera uma saída marcada pelo bom senso, destacou que vê como solução a eleição de Geraldo Alckmin e, ao ser questionado sobre o futuro sem o tucano, disse que não pensa no segundo turno antes da conclusão da apuração do resultado do primeiro turno, nesse próximo domingo. ‘’Eu, até a apuração, eu só vou pensar no segundo com o Geraldo Alckmin. Sem o

Geraldo Alckmin, eu só penso depois da apuração…e eu espero não pensar’’, conclui, de forma enigmática, Tasso Jereissati.

 

Veja o que disse o senador Tasso Jereissati na integra

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