Quais as chances de o INSS conceder auxílio-doença para segurado que se contaminou com o novo coronavírus? Não há estatística sobre o assunto. Mas, considerando que os sintomas do Covid-19 são semelhantes ao de uma gripe ou resfriado, e estes dificilmente justificam a concessão de benefício por incapacidade, será muito difícil alguém – fora da faixa etária de risco ou com complicação – conseguir levar o benefício.
A letalidade da doença da moda progride com a idade. E o coronavírus só se torna preocupante a partir dos 70 ou 80 anos quando o risco de morte é de 8% e 14%, respectivamente. Abaixo desse limite etário, boa parte da população não vai saber que padece do mal (ou ciente, nem sequer precisará ir ao hospital ou ao INSS).
E, quem adquirir a doença numa idade que esteja em gozo de aposentadoria, mesmo que o quadro de saúde seja crítico, não poderá acumular os dois benefícios. A exemplo da gripe e do resfriado, a duração das infecções do sistema respiratório com o Covid-19 costuma ser curta. Para quem for empregado, o INSS só arca com o auxílio-doença a partir do 16º dia do afastamento da atividade, e, no caso dos demais segurados, a contar do início da incapacidade.