Com o avanço da pandemia do coronavírus e as medidas que estão sendo tomadas para combater a propagação do vírus, os efeitos já podem ser notados. Entre eles está o crescente número de pessoas que tem perdido seus empregos e que agora tem o seguro-desemprego como fonte de renda em meio ao cenário de crise na economia que se estabeleceu com a pandemia. O governo estima que 200 mil brasileiros têm direito a receber o seguro-desemprego, mas ainda não entraram com o pedido.
Isso acontece porque as agências do Sistema Nacional de Emprego (Sine) de estados e municípios estão fechadas em razão da doença. Antes da crise, elas respondiam por mais de 80% dos requerimentos do benefício. Atualmente, mais de 90% dos pedidos estão sendo feitos pela internet, o que é pouco usual. No ano passado, eles não representavam nem 2% do total.
Milhares de cearenses estão os números que contabilizam os desempregados do país, pois também perderam seus empregos devido a queda de faturamento dos empregadores em decorrência da diminuição das atividades que movimentam a economia devido ao decreto de isolamento social no estado.
Em março, foram registrados 536.845 pedidos, o que significa alta de 11% em relação a fevereiro. Na comparação com março do ano passado, porém, representa queda de 3,5%. Na primeira quinzena de abril, há mais 267.693 solicitações, um recuo de 13,8% em relação a igual mês do ano passado.